He who speaks in wicked tongues may translate this.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Persona non Grata

Gosto de toda esta ironia em torno de nós, onde tu pelas sombras vens ao meu encontro e depois sob a luz do dia andas a idolatrar algo que sob o que revelaste a mim, não corresponde de todo a tua Natureza. Gosto do jeito falso com que achas que tá tudo bem quando das pessoas tentas tirar proveito, e do meu lado só vez barreiras. Gosto da tua frustração, onde achaste que a tua distancia me iria afetar e de acreditares que preciso de ti. Gosto da maneira como gabavas-te de seres extremamente similar até ao momento em que te meteram o travão. Gosto da maneira como te esforças demasiado para mostrares que estas com uma pessoa, sem que nunca suspeitem que penses noutra. Gosto da maneira como do nada me abordas para saberes o que estou a fazer, mas que só como resposta o meu silencio recebes.

Gosto como iludiste todos a tua volta, para satisfazer o teu egoísmo. Gosto como tentas localizar-te n'algo quando andas notavelmente perdida. Gosto como trocas de mascara com tanta frequência como eu troco de cuecas.

Devias receber um premio Nobel pela tua natureza elusiva, pelo teu morfismo personificado, pela tua adaptabilidade de valores éticos quando estes mais te convêm. Da rosa negra que representas, com mais espinhos que pétalas, em que suas raízes saem para fora do vaso da terra de onde te alimentas.

Eventualmente o teu talo irá ceder, as tuas pétalas secar, e as tuas raízes irão morrer. Não é porque eu o deseje, mas porque assim irá acontecer. Sei bem o tipo de jardineiro que tens e esse mais tarde ou mais cedo irá deixar de ter agua para te regar, e tu irás perecer.

Do teu veneno sou imune, e das tuas garras, intocável. Sempre o fui, e sempre o serei.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Valor

Olá internet.

Já a muito tempo que cá não vinha escrever. Como tens estado? Já mataste muita gente hoje?

Hoje estou com um sentido de humor deveras peculiar, visto que não é fruto do melhor do possível bem estar que eventualmente poderia estar.

Sim... Mais um texto de mim, deprimido. O ano de 2013 foi um ano deprimente, pelo menos para mim. Nem toda a gente é bem disposta como tu, por isso go fuck youself.

Eu essencialmente venho aqui matar saudades. Este blog é uma beca o meu escape psicológico, onde vocês, Internet, levam com toda a merda que vai na minha cabeça. E preparem-se que hoje vem ai descarga de fezes intelectuais daquelas. Porque hoje vou por em causa várias questões que acabam por ser nenhuma, que levantarão duvidas onde estas não existem, que provocarão reações de abosluta ataraxia. Sinceramente sinto que tudo não passa de um labirinto bastante distorcido com um Minotauro que só me pensa em foder a cabeça com estupidezes que corroem o intelecto de um grande símio esquizofrênico. Também não nego que eventualmente possa estar a atingir uma nova camada na minha vasta cebola de loucura, porque serei franco, a minha mente é como um ficheiro de Photoshop: Extremamente Gráfico e cheio de Layers.

Mas não é que atribuam qualquer tipo de valor ao que escrevo. Aliás:
O que é o "Valor"? O que dá valor ao valor?

Damos valor ao que para nós tem valor, mas realmente o que faz o valor ser valioso? Tudo pode ter valor, tal como nada ter valor, o valor é algo que só a nós tem valor, e por muito valor que eu possa achar, não posso incutir o meu valor nos valores de terceiros, quando os seus critérios de valor são diferentes dos nossos.

Avaliamos o valor em si, mas não sabemos ao certo que valor tem o valor, e se realmente o valor existe ou não, visto que aqui algo pode ter valor, mas o que tem valor la, cá não tem valor nenhum. Mas quando achamos que não temos valor, desvalorizamo-nos, o que faz com que percamos o valor a terceiros, realmente, perder valor é mais fácil que ganha-lo, o que torna o valor valioso para quem quer ter os seus valores bem avaliados.

Mas tenhamos que admitir, o valor é subjetivo. Que me faz ter valor? Tu teres valor? O ouro ter valor? Um valor ter valor ou não? Como por exemplo, tenho um valor de 300 kuanzas no meu porta-moedas, o que não deixa de ser um valor, mas cá, o valor dos kuanzas é de 3 cêntimos, o que contrasta com o próprio valor. Um valor que tem valor, que é um valor, mas na nossa terra não tem nenhum valor significativo.

Num termo de uma relação, que é valiosa, termina porquê? Porque deixa de ser valiosa? Ou porque os sentimentos deixaram de ter valor para quem os sente? Ou será que é alguém que deixou de ver o valor que um tem, pó mutação dos seus próprios valores? Que valor tem isso?

Ou o ouro. porque este é valioso? Por ter uma cor dourada que para alguns é uma mais valia? E compararem o petróleo a um ouro negro quando este não tem o mesmo valor, pois pode ser aproveitado para algo com rendimento e valor, que dê mais valor a um carro desportivo, ou a um valor de combustão.

Tens o valor de uma joia. Nunca vos disseram isso? Porque são as joias valiosas? Por serem bonitas, raras talvez? Tem valor pelo que aparentam, ou pelo que não aparentam, pois valor em não ter uma existência muito valorosa em termos de variedade e numero deixa-me a pensar. Terei valor por ser bonito como uma joia, ou raro como uma joia? Terei valor positivo ou negativo? E valor nulo? Que será pior? Qual é o pior valor que podemos ter atribuídos a nós mesmos?

Quais são os nossos valores, os valores de Cristo, os valores do Alcorão, os valores da Bolsa, os valores métricos, que valores são esses que para tanta gente do mundo que tem os seus próprios valores, valor nenhum tem?

Não compreendo o valor, talvez porque não o saiba avaliar, ou então não tenha valores que me façam ser uma pessoa de valor numa sociedade onde os valores são mútuos.

Eu avisei que ai vinha diarreia cerebral. Lol


Bones, darkness and other heart contempts

More years than will we can carve on the bones, we draw these lines
Blessed on ashes, firey scapes of desire.
To simply move on.

We must fear the horde of time and logic,
For the feelings of trust they arise.
Upon false statements of shallow contempt
We relinquish, our shadows, our mind
As one.

May the scars in fever be withdraw, just so it bleeds
for passion.
Reason is the nectar of killer self, the vision of it
Sunburst, of mirrored intentions
Boast in little ever more, the pain
The pain that carves your bones, in a whisp of hate.
For that we desire what is forbitten, misterious
In peril we insist to lie.
I'd rather die.

domingo, 1 de setembro de 2013

Aquela expressão que nunca irás querer ouvir numa discussão.

"Acredita no que quiseres."

Esta expressão. Para a pessoa que a diz, pode ser sinonimo de "não sei o que te diga mais para mudar a tua maneira de pensar". O problema é que a pessoa no outro lado nunca irá interpretar dessa maneira, principalmente se a pessoa que o diz for a culpada de essa mesma discussão existir.

Eu não sei quanto a vocês, mas para mim, quando me dizem para "acreditar no que eu quiser" é basicamente alguém mandar-me educadamente a merda. Alguém que deixa de adoptar uma postura submissa e passa a agressão verbal. Eu posso ser uma pessoa difícil de "perdoar alguém", admito-o, tantos desgostos e desilusões talharam-me para ser assim. E não gosto de ser assim. Mas quando alguém me diz "para acreditar no que eu quiser", para mim é o mesmo que me dizerem "olha, deixei-me de importar com o que pensas, e vou deixar-me de dar ao trabalho de te tentar convencer que realmente estou arrependido, não vales a pena." De um certo modo, é verdade, porque quem usa esse argumento, intencionalmente, ou não, está a testar a reacção da outra pessoa, para ver se esta se acalma e se contem nos argumentos, sujeitando-se a que, com tal jogada, uma amizade/relacionamento/namoro seja posto em causa. É algo que a Igreja Católica tem feito ao longo dos anos como catalisador de influencias: a Doutrina do Medo. (a.k.a. se não segues a risca o que nós vos transmitimos, serão punidos com o Inferno)

Uma pessoa submissa, quando lê tal coisa, repensa o que vai dizer e acalma-se. Tem medo que tudo termine, pois interpreta que as próximas palavras que serão proferidas por ela irão selar a separação. Basicamente, toma a pessoa no outro lado como "garantida", independentemente do desenrolar da discussão, e a pessoa que ouve reage com base no medo.

Agora uma pessoa que não seja submissa, é um erro dizer tal coisa. A primeira coisa que a pessoa vai interpretar, mesmo que não seja verdade, é indiferença. Indiferença da outra parte, que a pessoa realmente não se preocupa com o que te vai na cabeça, no que te magoa, em tentar remediar os seus erros, ou a situação. A pessoa que ouve, ou lê, irá reagir mal (seja por orgulho, ou teimosia) e realmente irá optar por "acreditar no que quer", visto que a pessoa no outro lado aparentemente não se interessa em tentar convencer-te do contrario. A magoa aumenta. Aumenta bastante, ao ponto de que sabes que o que te vai sair da boca naquele momento vai magoar-te tanto a ti, como a outra pessoa, porque vais reagir por impulso.

Existem uma de três opções:

1 - Ignorar. Não fazer caso do que essa pessoa disse. Ela pode estar simplesmente a ser levada pelo calor do momento, e com o desejo de extinguir o fogo da discussão, coloca-se a jeito a margem do "abismo argumentativo", na esperança que a pessoa te "agarre a mão, e puxe". Mas nem sempre acontece tal coisa. Pode correr mal e a pessoa empurrar a outra para esse mesmo abismo, e assim se compromete uma amizade.

2 - Dar tempo. As vezes as pessoas precisam de se afastar para perceberem a falta que fazem uma a outra ou, as vezes, a falta que não fazem, e quiçá alivio, mas isso já é parte de uma psicologia que ambas as partes sentirão receio que a outra parte realmente sinta. Depois com o tempo, e após a poeira assentar, falam com mais calma. Isto se for realmente do interesse das pessoas, claro.

3 - Explicar o contexto. Basicamente, este texto acaba por servir como um "template" que estou a usar para mostrar a outra pessoa que há palavras que podem deixar cicatrizes profundas, e que reflicta primeiro, antes de largar o "pensa/acredita no que quiseres" no meio de uma troca de argumentos mais intensos. Pode correr mal, e nem toda a gente se dá ao trabalho de elaborar textos destes, e mostrar vários prismas de uma discussão.

No momento que escrevo isto, não nego que estou extremamente odioso, e que não desculpe a pessoa em causa tão levianamente. Mas... Ya... Vocês compreendem onde quero chegar com isto... Eu importo-me com ela, mesmo assim.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Na mente de um desistente

Quando chegas a um ponto que, te fechas na tua própria mágoa, te tornas frio e distante, e deixas de conseguir esboçar afecto por pessoas que outrora tu gostavas... Começas a notar que algo de errado se passa.

Procuras sempre a solidão. A solidão que te corroí e que te vai matando aos poucos, mas mesmo assim, te escondes nela, deixas-te abraçar por ela, e mais miserável ficas. Passas a desejar que as coisas fossem diferentes, notas a tua incapacidade de interagir com pessoas a tua volta. Deixas de confiar em toda a gente. Amigos, amigas, namorados/as, família, tudo deixa de ter importância. Estás sozinho.

Este Verão está a tornar-se numa realidade fria e áspera, e apesar de me dar com amigos, sair, ter um emprego, socializar com pessoas, uma outra parte de mim se sente estagnada no tempo, como se morta. Esta parte está a ganhar gradualmente influencias no meu lado "saudável", o que já se está a reflectir no meu dia a dia.

A estupidez da minha parte é que a pessoas que me são próximas, é notável a minha miséria, pois com elas faço questão de partilhar os meus verdadeiros "Eus", pelo que são revelados lados bastante negros da minha pessoa. Em torno de pessoas que no qual não confio... Consigo manter uma vida socialmente "estável", sem que ninguém desconfie de nada. Mas apesar de todas as mascaras que uso, nenhuma delas preenche este vazio que fez da sua residência, o meu peito. Nada me dá gosto, nada me motiva, sinto-me num loop constante de estagnação emocional que, gradualmente, me vai retirando a sanidade mental. Começo a ficar farto do meu lado negro.

Já me apercebi que pessoas que no qual me importo, estão a ser postas de parte por mim, e apesar de estar ciente disso, é como se uma entidade dentro de mim controlasse as minhas acções, e eu estivesse consciente do que se estava a passar, mas sem poder para o impedir. Pelo que, lamentavelmente, coisas foram feitas, palavras foram ditas, e acções foram tomadas, todas dentro do mesmo contexto, que me provocam uma dor que não sei bem explicar.

Pergunto-me como posso contornar isto... Já sei que é com o tempo, e força de vontade, mas o tempo escasseia, e com ele, a vontade de me mudar.

Apeteceu-me só partilhar um pouco o meu estado de espírito. Vivo no mundo não temperado, e tenho-me vindo a aperceber disso.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fatiga [Momento Poético]

De norte nada espero
Quando perco a meada ao caminho
Sim, não sei por onde dar o próximo passo
Estagnado, preso no tempo
Aprisionado na minha incapacidade de viver.

A cada suspiro
É uma assinatura ao manifesto se sofrimento
Implementada pela angustia do dia a dia
Que é viver sem vida.

Que vazio é este?!
Como pode haver um abismo tão grande em mim?!
De que serei feito, eu, que pareço uma pessoa
Mas que não me vejo como tal
E receio por mim.

A dor que se sente não é aquela que se vê
Mas aquela que não existe
A falta de objectivos, a falta de sabor.
Ignoras todos os meus elogios
Preferes virar a cara e ignorar o que tenho para te dizer.

Porque me fazes isto?!
Torturas-me com a falta de vida, com a que me tiraste.
Lembraste-me que a tinha, só para que a valorizasse mais
Quando esta não se encontra.
Neste meu estado oco.

Este teu abismo que abriste em mim
Que deixaste ao relento para mais tarde nele escarafunchares.
Mata-me de uma vez, tira-me deste sofrimento.
Salva-me de mim, quero ser livre.

Não me abandones a mercê das minhas duvidas.
Pensarei até a morte, em alta cilindrada
Estimula-me a viver, dá-me objectivos, alegria!
Não me deixes a deriva nas marés da vida.
Porque esta só me tem trazido tempestades.

Rodeado de pessoas me sinto só
Não escrevo estes versos para que sintam dó
Mas para que me entendam, o que eu não entendo.

Falta-me algo, mas não sei o quê.
Sinto que pelos outros vivo, e questiono-me porquê.
Aparento vida, mas morte de dentro de mim é o que se vê
Esta nostalgia de nada, farto de tudo, um enorme clichê

Tudo não passa de uma alegoria, um teste a minha pessoa...
Só sei que na minha solidão embebida em ruína me tenho mantido a tona.
Mas cada vez mais me custa manter o ritmo das braçadas... Sinto me cansado...